Olá, Viajante!
Não é legal conversar com nós mesmos? Fazer reflexões, rever nossas motivações e reavaliar nossas escolhas de tempos em tempos, pra ter certeza que estamos no caminho certo?
Mas a gente não vive sozinho no mundo, né? Temos ao nosso redor pessoas bastante próximas, que amamos e respeitamos. São pessoas que importam. E é por isso mesmo – porque elas importam – que se torna difícil explicar a decisão de viver em outro lugar do mundo…
Explicar x Dar explicação
Quantas pessoas do seu círculo de família e amigos do Brasil já morou no exterior? Provavelmente você faz parte de uma minoria. Por vários motivos, que vão desde a cultura brasileira até questões financeiras, a maioria das pessoas não tem, na trajetória de vida delas, a temporada de viver fora.
Daí, pode ser difícil se fazer entender. Da mesma forma que você tem argumentos para ir, outras pessoas têm argumentos para você ficar. Esse diálogo pode ser bem cansativo e vir com a sensação de que você está “dando explicações” que não precisa.
Mas entenda que isso faz parte. Manter relacionamentos saudáveis com pessoas muito queridas não significa concordar o tempo todo, nem ter o mesmo projeto de vida.
- Uma “relação de troca” também inclui lidar com as diferenças, questionar e argumentar.
Então, ao invés de olhar para esses confrontos de ideia como algo impositivo (”não preciso dar explicações sobre minha vida”), pense nisso como uma simples diferença de pensamento.
O que te faz feliz não é exatamente o que faz seu amigo feliz, e tá tudo certo.
O importante não é necessariamente compartilhar desejos, mas cultivar o interesse pela felicidade do outro.
Explicar x Convencer
Se para algumas pessoas discordar tem o peso de “dar explicação”, outras transformam isso em uma cruzada para convencer o outro da sua posição. Dica: não seja essa pessoa.
O simples fato de você ter uma experiência no exterior – seja como mochileiro, expatriado, nômade ou qualquer outra coisa – não te transforma em alguém superior aos demais.
Nós somos grandes entusiastas de viver “prô mundo”, e sabemos (por experiência e estudos) que a experiência intercultural é muito engrandecedora. Ainda assim, isso não pode ser considerado um “valor universal”.
- É algo que compartilhamos com toda a comunidade de viajantes, e sabemos o impacto positivo que tem em nossas vidas. Mas tem gente que simplesmente não se interessa por uma vida assim.
É por isso que, de novo, devemos cuidar para não assumir uma posição de superioridade, mas de troca.
No fim do dia, cada um vai acumular as experiências que sua realidade oferece – e você já sabe que realidades bem diferentes podem nos ensinar muita coisa, não é?
Esse assunto te tocou de alguma forma? Quer bater um papo com a gente sobre suas escolhas? Todas as nossas psicólogas têm vivência no exterior e expertise no assunto para ajudar o brasileiro que mora fora – é só encontrar a sua no site da Prô Mundo ou mandar uma mensagem para a Prô Mundo.
Abraços virtuais!