
Olá, Imigrante!
Terapia online, porque é tão necessária? Se você está fora do Brasil, seja por trabalho, intercâmbio, ou explorando novos horizontes como expatriado ou nômade digital, provavelmente já se deparou com os desafios que a vida no exterior pode apresentar. Para muitas pessoas, especialmente aquelas que lidam com doenças mentais, como depressão e ansiedade, viver longe da família e da cultura de origem pode intensificar sentimentos de solidão e insegurança.
E quando falamos de crianças e adolescentes, esses desafios se tornam ainda mais complexos.
Neste artigo, vamos falar um pouco sobre como ajudar crianças e adolescentes a lidar com a depressão e a ansiedade enquanto estão no exterior, oferecendo dicas práticas para pais, tios, avós e outras figuras de apoio. Afinal, a saúde mental no exterior é um tema crucial que precisa ser tratado com cuidado, atenção e estratégias adequadas.
Se você é um expatriado, nômade ou intercambista, ou mesmo se está com a ideia de viajar para estudar ou trabalhar, entender como lidar com a saúde mental no exterior – tanto para você quanto para os seus filhos – pode fazer toda a diferença para uma adaptação saudável.
E se você está buscando apoio especializado, a terapia online é uma excelente opção para manter o acompanhamento psicológico de forma eficiente, independentemente de onde você esteja.
Aumento das doenças mentais no exterior
Nos últimos anos, especialmente após a pandemia de COVID-19, houve um aumento significativo de transtornos mentais, como depressão, ansiedade e burnout, em várias partes do mundo.
Esse fenômeno não poupou as crianças e os adolescentes, que, muitas vezes, enfrentam dificuldades emocionais decorrentes do isolamento social, mudanças rápidas e transições culturais. E para quem está fora do Brasil, a situação pode ser ainda mais desafiadora.
O fato é que o aumento da prevalência de doenças mentais entre viajantes, expatriados e nômades digitais é real e, muitas vezes, pode ser mais difícil de detectar em quem está longe de sua rede de apoio.
Para muitos pais, a questão central é: como posso apoiar meu filho, que está longe de casa e da família, a lidar com a ansiedade, a depressão ou outras questões emocionais durante essa fase?
O desafio de lidar com a depressão e a ansiedade no exterior
A experiência de viver no exterior não é apenas excitante – ela também pode ser estressante. Mudanças no ambiente, língua e cultura podem gerar uma sensação de deslocamento e desconforto, fatores que, se não gerenciados adequadamente, podem resultar em distúrbios emocionais.
O que muitos não percebem é que a adaptação ao novo país pode exacerbar condições pré-existentes de depressão e ansiedade. Para crianças e adolescentes, a saudade da família, a dificuldade de adaptação à escola, a pressão para se encaixar e a sensação de estar em um ambiente estranho podem ser extremamente desafiadoras.
Mas como você pode apoiar seus filhos e adolescentes enquanto eles lidam com esses sentimentos? Trouxemos algumas dicas essenciais para ajudar no processo.
1. A importância de um cronograma de tratamento
Se seu filho já foi diagnosticado com algum transtorno mental, como ansiedade ou depressão, é fundamental manter o acompanhamento psicológico regular. Isso pode ser mais difícil quando a família está em outro país, mas a boa notícia é que a terapia online tem se mostrado uma opção eficaz para quem vive fora do Brasil.
A Prô Mundo, plataforma especializada em terapia online, oferece atendimento psicoterápico remoto para brasileiros em qualquer parte do mundo. Manter a continuidade do tratamento é fundamental, seja com terapia cognitivo-comportamental, psicanálise ou outras abordagens, para garantir que o adolescente receba o suporte emocional necessário.
Além disso, caso a criança ou adolescente use medicamentos para lidar com a depressão ou a ansiedade, é importante garantir que a quantidade seja suficiente para todo o período da viagem. Não se esqueça de levar as receitas médicas traduzidas para o idioma local caso precise de refil de medicamentos no exterior, e também estar ciente de como funciona o sistema de saúde, convênios e seguros no país para o qual está indo.
2. Fique atento aos sintomas e comunique-se
Pode ser difícil identificar os sintomas de depressão e ansiedade em crianças e adolescentes, especialmente no contexto de um novo país, onde a saudade, a adaptação cultural e o estresse da mudança podem causar reações emocionais que imitam esses distúrbios. Fique atento a sinais como:
Mudanças no apetite ou no sono
Mudanças no apetite e nos padrões de sono são sintomas comuns de depressão e ansiedade, e podem ser mais evidentes em crianças e adolescentes. Quando alguém está lidando com essas condições, o corpo pode reagir de várias maneiras.
O apetite pode diminuir significativamente, fazendo com que a pessoa coma muito menos do que o normal, ou, pelo contrário, a pessoa pode comer de forma excessiva para tentar lidar com a ansiedade ou as emoções difíceis, um comportamento chamado de “compulsão alimentar”.
Em relação ao sono, o quadro pode variar. Algumas crianças e adolescentes podem apresentar insônia, com dificuldade de adormecer ou de manter o sono durante a noite, enquanto outras podem dormir mais do que o habitual, buscando se refugiar no sono como uma forma de escapar dos sentimentos negativos.

No contexto de adaptação no exterior, essas mudanças podem ser confundidas com o estresse da mudança, o choque cultural ou a saudade de casa. No entanto, se esses padrões de comportamento persistirem por mais de algumas semanas e começarem a impactar negativamente o bem-estar do jovem, pode ser um sinal de que algo mais sério está acontecendo, como depressão ou transtorno de ansiedade.
Irritabilidade ou mudanças de humor
Mudanças de humor súbitas e frequentes, como irritabilidade ou raiva exacerbada, são sintomas típicos de transtornos emocionais como a ansiedade e a depressão.
Crianças e adolescentes que estão lidando com essas condições podem se sentir sobrecarregados com as pressões do novo ambiente e da adaptação, o que pode fazer com que reações emocionais mais intensas ocorram.
A frustração com a língua, o medo de não se encaixar, ou o desconforto com a cultura local podem gerar sentimentos de irritação que são mal interpretados como “fases difíceis”.
Quando essas mudanças de humor começam a afetar as relações familiares ou sociais, ou quando se tornam mais intensas, é uma boa ideia prestar atenção e buscar ajuda especializada.
As dificuldades emocionais podem se manifestar em explosões de raiva ou em um humor constantemente negativo, o que pode ser uma forma de defesa contra a ansiedade ou a sensação de estar perdido em um novo ambiente.
Isolamento social
A depressão e a ansiedade em adolescentes muitas vezes se manifestam por meio do isolamento social. Isso pode acontecer de forma sutil, como evitar sair com amigos ou não querer participar de atividades escolares e familiares, ou de forma mais intensa, com o adolescente se retirando completamente de interações sociais, incluindo nas redes sociais, onde muitas vezes se sentem mais conectados com os outros.
Além disso, é importante considerar a sensação de inadequação que muitos jovens experimentam, especialmente em novos ambientes, onde o bullying e o preconceito podem surgir na tentativa desse jovem de se sentir pertencente a esse novo lugar, o que pode agravar ainda mais o seu quadro emocional e adaptativo.
Quando a criança ou adolescente está isolado socialmente, isso pode ser um sinal de que ele está lutando internamente, seja por causa da depressão, que muitas vezes causa a perda de interesse em coisas que antes eram prazerosas, ou pela ansiedade, que pode levar a um medo de ser julgado ou de não se encaixar nos novos círculos sociais.
O isolamento, especialmente quando é acompanhado de sentimentos de solidão ou tristeza, é um sintoma importante a ser observado.
Dificuldade de concentração na escola
Se a criança ou o adolescente começa a ter dificuldades para se concentrar nos estudos ou em outras atividades diárias, isso pode ser um indicativo de ansiedade ou depressão.
Esses distúrbios podem afetar o funcionamento cognitivo, tornando difícil manter o foco em tarefas, como fazer lições de casa, participar de aulas ou organizar os pensamentos.
Em um novo ambiente, com a adaptação à língua, cultura e até mesmo ao sistema educacional diferente, é normal que o adolescente ou a criança tenha dificuldades de concentração no começo.
No entanto, quando isso se estende por semanas ou meses e interfere de maneira significativa no desempenho escolar, é importante investigar mais a fundo se a dificuldade de concentração não está sendo causada por um quadro emocional mais sério.
A ansiedade, pode levar o jovem a ficar excessivamente preocupado com as tarefas ou com as consequências dos erros, o que atrapalha o foco e a performance escolar.
Queixas frequentes de dor de cabeça ou dores no corpo (psicossomáticas)
As dores psicossomáticas são um sintoma clássico de transtornos emocionais em crianças e adolescentes. Isso significa que o corpo reage ao estresse e à ansiedade de uma maneira física, com dores no corpo que não têm uma causa médica aparente, como dores de cabeça, dores nas costas, no estômago ou até mesmo náuseas.
Crianças e adolescentes podem relatar essas dores quando estão lidando com emoções que não sabem ou não conseguem expressar verbalmente.
Quando esses sintomas físicos ocorrem frequentemente, especialmente em momentos de estresse como antes de provas ou atividades sociais, eles podem estar ligados à ansiedade ou à depressão.
No contexto de uma mudança para um novo país, essas queixas podem ser ainda mais frequentes, pois a adaptação ao novo ambiente traz uma carga emocional significativa.
É importante abrir um espaço de comunicação com seu filho. Pergunte sobre como ele está se sentindo, e procure perceber mudanças em seu comportamento.
Se o adolescente demonstrar sinais de depressão ou ansiedade, busque ajuda especializada.
3. Apoio psicológico virtual: Terapia online funciona!
Uma das melhores alternativas para quem vive fora do Brasil é o atendimento psicológico online. Plataformas como a Prô Mundo permitem que psicólogos especializados em atender brasileiros no exterior ofereçam suporte de qualidade, sem a necessidade de estar fisicamente no mesmo lugar.
A terapia online tem se mostrado tão eficaz quanto a terapia presencial, com a vantagem de ser feita no idioma nativo do paciente, o que facilita a comunicação e o entendimento entre o psicólogo e o paciente. Para adolescentes e crianças, o processo de terapia pode ser adaptado para sessões mais dinâmicas e interativas, dependendo da faixa etária.
Para crianças a terapia online será recomendada diante de alguma particularidade que a impeça de ter um bom profissional presencial. Na Prô Mundo, as psicólogas atendem crianças acima de 10 anos sob condição de uma avaliação inicial (para avaliar possível efetividade do processo), lembrando que qualquer pessoa de menor, não emancipada, precisará de autorização assinada pelo responsável para dar início ao processo de psicoterapia.
Se você notar que o seu filho criança ou adolescente está tendo dificuldades com a adaptação cultural ou com a comunicação na escola, a psicoterapia online pode ajudar a trabalhar essas questões emocionais e melhorar a autoestima.
4. Evite a automedicação
Muitas pessoas, tanto jovens quanto adultos, tentam se automedicar para lidar com os sintomas de ansiedade e depressão, o que pode ser extremamente perigoso, especialmente em um ambiente onde os serviços médicos e farmacológicos podem ser diferentes dos do Brasil.
Se seu filho ou adolescente já está tomando medicamentos para controlar alguma condição emocional, é fundamental que o tratamento seja monitorado por um profissional de saúde. Não faça mudanças na medicação sem consultar um médico.
5. A importância da comunicação familiar
Quando um membro da família está lidando com a depressão ou a ansiedade, a comunicação aberta e honesta é essencial. Embora muitas crianças e adolescentes se sintam desconfortáveis ao falar sobre seus sentimentos, é fundamental que eles saibam que têm o apoio da família.
Quando se trata de expatriados ou nômades, a saudade e o distanciamento das pessoas mais próximas podem piorar os quadros emocionais. Portanto, se possível, mantenha contato regular com a família e amigos do Brasil para ajudar seu filho a manter a sensação de pertencimento.
Se os sintomas de depressão ou ansiedade forem intensos, considere buscar ajuda profissional imediatamente. Isso pode incluir retornar ao Brasil por um tempo ou, se necessário, adiar planos de viagem até que a saúde mental esteja mais estável.
6. Como ajudar crianças e adolescentes a lidar com o estresse
Embora a depressão e a ansiedade sejam condições sérias, elas não são as únicas dificuldades emocionais que podem afetar crianças e adolescentes no exterior. O estresse, seja por questões escolares, sociais ou culturais, também pode afetar a saúde mental deles.
Nesse contexto, é fundamental contar com o apoio de uma profissional intercultural, com experiência no atendimento a brasileiros no exterior, que tenha a competência necessária para distinguir de forma precisa as manifestações emocionais decorrentes do estresse adaptativo — comum em períodos de adaptação a novos ambientes — dos sintomas característicos de ansiedade e depressão.

Essa diferenciação é essencial para um diagnóstico mais assertivo e para o desenvolvimento de estratégias de apoio adequadas.
A seguir, alguns passos importantes para apoiar o bem-estar emocional de uma criança ou adolescente:
1. Observe as reações ao estresse
Preste atenção às reações do seu filho em situações estressantes, como provas ou mudanças na rotina. Algumas crianças podem reagir com agressividade, outras com isolamento. Identificar esses sinais pode ajudar a desenvolver estratégias para lidar com essas situações.
2. Ajude a nomear os sentimentos
Ensinar seu filho a reconhecer e nomear seus sentimentos é um passo importante para o autoconhecimento emocional. Isso ajuda a criança a compreender melhor o que está acontecendo internamente e começar a aprender a regular suas emoções.
3. Busque soluções conjuntas
Ajudar a criança a pensar em soluções para lidar com situações estressantes pode ser um grande aprendizado. Ensine técnicas de relaxamento, como respiração profunda, e estratégias para se acalmar antes de momentos difíceis.
4. Mantenha uma rotina saudável
Uma rotina saudável é fundamental para qualquer criança ou adolescente. Isso inclui horários regulares para alimentação, sono, estudos e lazer. Uma rotina equilibrada oferece segurança emocional e ajuda a reduzir o estresse.
O suporte que sua família precisa
Lidar com a depressão e ansiedade no exterior pode ser desafiador, especialmente quando se trata de crianças e adolescentes. O distanciamento da rede de apoio no Brasil, as dificuldades culturais e as mudanças de rotina podem agravar as questões emocionais, tornando ainda mais importante buscar ajuda profissional.
Felizmente, a terapia online surge como uma excelente opção para quem busca apoio psicológico especializado, mesmo à distância. A Prô Mundo é uma plataforma de psicologia com um time de psicólogas especializadas em ajudar brasileiros no exterior a lidar com desafios emocionais como a depressão, ansiedade e estresse.
Na Prô Mundo, as psicólogas atendem crianças acima de 10 anos, mediante uma avaliação inicial para verificar a possível efetividade do processo terapêutico. Vale lembrar que qualquer pessoa menor de idade, não emancipada, precisará de autorização assinada pelo responsável para dar início ao processo de psicoterapia.
Se você está vivendo fora do Brasil e precisa de ajuda para lidar com a saúde mental de seus filhos ou até mesmo de si mesmo, não hesite em buscar apoio. A terapia online pode ser a chave para manter o equilíbrio emocional durante essa jornada de adaptação e crescimento.
Entre em contato, estamos aqui para te ajudar a superar esses desafios!