Mariana Simeão

A Tami, pra mim, é quase uma fada madrinha. Depois de quase 2 anos juntas, no meio de pandemia, imigração, documentação, relacionamento à distância, em que estivemos juntas pelo menos 1x na
semana, a sensação é realmente de ter uma pessoa que me conhece até nos meus mínimos detalhes.
Quando você imigra (principalmente sozinha) existe uma parte de você que fica no lugar de origem e uma parte nova que se forma. A Tami, ao longo de todo esse processo, me ajudou a entender quem eu era e quem eu estou me tornando. Ao mesmo tempo em que se tornou, talvez, a pessoa que mais me conheça na fusão dessas duas fases.
E esse conhecer é quase como aquele sofá da casa de mãe. Não que a terapia seja sempre confortável porque nem sempre o processo é fácil, mas é aquele conforto de poder ser quem se é sem medo de ser julgada, de sentir que tem alguém te escutando (ou se você for que nem eu que divaga muito… tentando), ou que você pode puxar aquele assunto daquela pessoa de 198271 sessões atrás que ela saberá quem é!
E fada madrinha porque ela tem esse mágico poder de me fazer refletir, às vezes com uma só frase, depois de quase 50 minutos criando teorias; de trazer conforto, passar confiança e, acima de tudo, me fazer sentir compreendida!